Versos loucos de um poeta boêmio!

quinta-feira, novembro 22, 2007

CERTA VEZ, FUÇANDO UM SITE LI UM TEXTO QUE NÃO LEMBRO QUAL, MAS QUE FALAVA SOBRE A VIDA NO CINEMA, E A VIDA REAL. POIS É, O BON JOVI TEM UMA CANÇÃO BACANA CHAMADA REAL LIFE QUE DIZ SOBRE ISTO "SE A VIDA FOSSE COMO NO CINEMA, ONDE O HÉROI SEMPRE VENCE NO FINAL..." SEI LÁ SE ISTO É POSSÍVEL, MAS SEI QUE É POÉTICO. ENTÃO VAMOS À POESIA!


Com pipoca. E final feliz.

Acabo de atravessar meu portão
e o mesmo casal abstrai-se em suspiros
como ofensa à solidão que escolhi.

Início de semana, indício de tristeza
sorrisos apressados
no vai e vem da metrópole
passo rápido pra que você não me veja
como um filme antes de adormecer

Sem roteiro, é difícil encenar

A vida que escolhi pra ser só minha
Apenas minha ou sempre minha
Mas que preferia também ser nós.

Com pipoca.
E final feliz.

23/05/2007 18:52

Re-postando...

Depois de tanto tempo eu volto a postar.
Não, não é interlocução; não é prioridade que alguém leia.
Sempre achei blog um diário onde você deseja que o maior número de pessoas saibam de sua vida. Mas também acho que já tem gente demais sabendo da minha.
E minha memória anda falha, não sei se por que as boas lembranças estão menores ou se é efeito do lsd. Mas não importa.

Segue um poema feito há um tempo atrás. Sabe, relendo-o, disse pra mim:
- Cara, você é um poeta dos bons hein?
E nada melhor que um auto-elogio sincero.

Este é pra Flávia..
Aliás, já era e agora é um pouquinho mais.
Re-aberto a temporada de "faço um poema esperando que alguém leia e comente mas se não comentar foi bom por que eu fiz."

Minha sexta, sua terça

Eu te daria este coração se já não fosse seu.
Pàra de pedir o impossível
você continua sabendo que consigo.
Porque nesta quase sexta
boemicamente saudosa
toda mentira ficou viciosa
aguardando o sorriso que você prometeu.

Dane-se Sheakespeare, onde está Julieta?
Neste planalto distante
habita um sorriso pueril
que se não pede rima
e se sumo ,ainda se cisma,
é por que desconfia de minha maior beleza.

Fui feliz e nunca tive a certeza
do tamanho de tal precipício.
Se me atiro - e sinto valer a pena
é por sentir que fica muita menos pequena
esta alma que a ti só pertence.

E sempre que despe de ti qualquer medo
eu prefiro despir-lhe em mente
esta roupa
desgrenhar os cabelos que presos pela tiara
aguça no homem que finge que sara
este peito
esta tara
pela mulher que aflige meus sonhos.

E risonho. Segue perversamente este corpo
que desce a cintura
aguenta
até atura - ou finge muito bem!
o controle do minuto que ainda não acontece.

Da minha sexta retrocedo
e escondo
por aguardar, por fingir segredo
o menor motivo que minha alma não quer que esqueça.
E na dúvida, que se afirma
vê em meus olhos sugir na retina
o pequeno brilho de sua eterna terça.

01:32hs. Sexta 16/02/2007

* Seu minuto, meu segundo. A canção do Gram que mais fez sentido pra mim, em toda a vida. E aí me lembro que a Flávia ama as terças. Eu prefiro as sextas. E disto crio um intertexto com minha canção favorita.*