Eu por vezes canso de monólogos. Por que não passam de alguém falando, despejando, redigindo um texto qualquer como se não precisasse haver respostas. Os versos que faço gostaria de cartas- retorno a todo instante. Ou não.
Monólogo para Ângelo
Eras tu melhor chance. Hoje, apenas, és meu nume,
e ponho a repensar, de tudo, o quanto fui um tolo
em reabrir no peito esta vontade, e por consolo,
querer em tanto corpo! E logo o teu, que me resume
em pouco, ser covarde, com àquele que em queixume
trazia a calma, e terno e simples, te desenganava
mas não perdeu o brio se ninguém aliciava
o coração, que hoje, tranco em pena. Por ciúme!
A dar-se sem cobrar, por que mais um não o quisera,
desfaço este meu jogo, há de restar-me esta quimera
em vê-lo decidir o que prefere pra depois.
Mas eu – tão frio e teso – a vigiar-me neste pranto
escolho a vida simples, não ceder a teu encanto!
E faço, pois, sozinho, o que não pôde ser pra dois.
30/03/2007 10:00hs.
Eras tu melhor chance. Hoje, apenas, és meu nume,
e ponho a repensar, de tudo, o quanto fui um tolo
em reabrir no peito esta vontade, e por consolo,
querer em tanto corpo! E logo o teu, que me resume
em pouco, ser covarde, com àquele que em queixume
trazia a calma, e terno e simples, te desenganava
mas não perdeu o brio se ninguém aliciava
o coração, que hoje, tranco em pena. Por ciúme!
A dar-se sem cobrar, por que mais um não o quisera,
desfaço este meu jogo, há de restar-me esta quimera
em vê-lo decidir o que prefere pra depois.
Mas eu – tão frio e teso – a vigiar-me neste pranto
escolho a vida simples, não ceder a teu encanto!
E faço, pois, sozinho, o que não pôde ser pra dois.
30/03/2007 10:00hs.